sábado, 12 de abril de 2014

{NO ESPELHO}



Talvez, algum dia, eu possa olhar a minha idade com mais respeito_ menos autocritica.

Olhar, e não temer estar montado num animal desgovernado.
O que eu vejo me é perturbador.
Mas, de toda maneira, se meu coração soubesse o que mereço,
talvez me desse o que fosse;
mas ele não sabe e só lhe cabe
que não se acabe por essa insaciável fome de viver;
Por essa lasciva sede humana de poder domar o tempo.
Ah... se houvesse rédeas no futuro,
pularia esse muro descomunal
para me ver refletido nos seus olhos
para todo o sempre.


















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