segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Refletindo

A hora da Saudade



"Na hora da saudade, da tristeza, do desamparo, é com ele que contamos: o tempo.
Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela ideia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que já partiu de nossas vidas. No entanto, tudo o que nos invadiu com intensidade, tudo o que foi realmente verdadeiro e vivenciado profundamente não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar da sua existência. O grande segredo é não se estressar com este inquilino incômodo, deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para outros acontecimentos."

- Martha Medeiros

E a gente vai criando vários inquilinos. Alguns são mais agitados... outros são silenciosos.. mas todos estão ali.
E a vida segue...
Outros inquilinos chegam, chegam, chegam, outros vão embora para dar lugar a novos inquilinos...
Assim vai acontecendo a vida...
Enquanto uns não tem hora ou tempo marcado para partir...
Vão ficando íntimos, mesmo sem a gente permitir muita intimidade...
Alguns sem contrato formal e enquanto isso outros seguem todo ritual...
Alguns são cheios de flores espalhados pelos quintais...
Animais latindo todo tempo...
Um barulho só...
Sem fim!
Vamos ficando tão íntimos que se forem embora sentiremos falta!
E quando o inquilino não quer sair da casa?
Que problemão!
Já conheci muita gente que acabou vendendo a casa e colocando-a   para vender querendo se livrar de inquilinos indesejáveis.
No início tudo parece flores!
E depois??
Melhor saber quem é o nosso inquilino por que de pendendo for nem quartinhos dos fundos se deve deixá-lo ficar.







2 comentários:

chica disse...

Lindo texto e reflexão! bjs, chica

Allecoruja disse...

Oi Chica!
Martha Medeiros sempre fantástica!!!
Admiro!
Bjssssssssss